domingo, 27 de janeiro de 2008

A Matemática e os Símbolos

Não raro vejo as pessoas criticarem matemáticos por usarem uma 'complexa linguagem simbólica'.
E, fico espantado e pesaroso.


A linguagem matemática não foi feita para guardar segredos milenares, para confundir, para ser restrita ou para afastar as pessoas.

A linguagem matemática tem como meta não ser ambígua pois, um raciocínio deve ser único, não permitindo hermenêutica, tal como ocorrem em vários locais. Um 'resultado matemático' não pode ser 'reinterpretado', ele é único, livre de interpretações.

Para tanto, define símbolos para as mais diversas operações e regras de como usar estes símbolos, pois alguns destes são usados de várias formas diferentes, em diferentes contextos. (ex: o algarismo 2; em 4+2, está se somando duas unidades às quatro já presentes; em 4², está se elevando quatro à segunda potência [ou ao quadrado]; em 4/2, 4 está sendo divido por 2; e assim com vários outros usos).


Quando se trabalha com pesquisa em matemática, mesmo que indiretamente, às vezes, acaba surgindo a necessidade de estabelecer novas regras ou símbolos. A maioria destes se perdem com o tempo, não sendo incorporados à linguagem. Apenas resultados importantes costumam propagar as suas novas regras e símbolos.


Outro ponto forte é o fato de que para ler um trabalho matemático de um russo, eu não preciso conhecer a língua russa(talvez apenas o básico, suficiente para tomar ciência das definições, ou seja, o estabelecimento de novas regras e símbolos).


Mas, como dizem, nem tudo são flores... Em toda língua viva, surgem expressões, gírias e outros e, na matemática, não é diferente. Alguns preferem usar o "x" em vez do ".", ou ":" em vez de "/".

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